Os jardins suspensos da Babilônia realmente existiram?
Não existem registros arqueológicos sobre a existência dos jardins suspensos da Babilônia
Escritores antigos descrevem uma série fantástica de jardins construídos na antiga cidade da Babilônia, no atual Iraque. Não está claro quando esses jardins foram construídos, mas alguns escritores antigos ficaram tão impressionados com os jardins que os chamaram de "maravilhas do mundo". Por volta de 250 aC, Filo de Bizâncio escreveu que os Jardins Suspensos tinham "plantas cultivadas a uma altura acima do nível do solo, e as raízes das árvores estão embutidas em um terraço superior, e não na terra".
Até agora, os arqueólogos que escavaram a Babilônia não conseguiram encontrar os restos de um jardim que corresponda a essa descrição. Isso deixou os arqueólogos com uma pergunta: os jardins suspensos realmente existiram? Em 2013, Stephanie Dalley, pesquisadora da Universidade de Oxford, propôs em um livro que os jardins estavam realmente localizados na cidade assíria de Nínive. Nas últimas duas décadas, tanto Babilônia quanto Nínive sofreram danos de guerras e saques, e parece improvável que esse mistério seja totalmente resolvido.
Quando pensamos em jardim, logo visualizamos uma estrutura no solo. Apesar disso, há muitos anos atrás, existiram os chamado jardins suspensos da Babilônia. Estes, na verdade, se tratavam de estruturas de jardins construídas em terraços de uma única construção.
Por mais que não existam registros históricos reais de sua existência, os jardins suspensos da Babilônia chamam muita atenção dos historiadores. Desta forma, eles são considerados uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Além de ser um grande mistério para arquitetos e pesquisadores.
Tais jardins são associados ao Império da Babilônia. Portanto, estavam ligados à arte, literatura, sabedoria, horóscopo e astronomia. Porém, na visão Assírica, tais construções eram vinculadas também a guerras e soldados.
Apesar disso, historicamente, sua função era deixar a cidade mais bonita. E, sobretudo, servia como uma espécie de parque, onde os cidadãos da Babilônia passeavam.
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A história dos jardins suspensos da Babilônia
Os jardins suspensos da Babilônia foram construídos, supostamente, por ordem de Nabucodonosor, rei da Babilônia, no século VI a.C. A obra, aliás, é considerada uma das principiais construções arquitetônicas produzidas pelo monarca. Além disso, tais jardins eram compostos por 6 terraços em forma de andares.
Alguns registros antigos, inclusive, diziam que existiam passagens do palácio de Nabucodonosor para os jardins. Ademais, os jardins suspensos da Babilônia teriam sido construído por conta de sua esposa preferida, Amitis, que afirmava sentir falta da sua terra natal. Segundo a história, a mulher vinha da chamada Terra Média, que possuía belos campos e florestas.
Assim, cada andar possuía belos jardins botânicos, com árvores frutíferas e esculturas de deuses que eram cultuados por todo o império. Além de cascatas e piscinas, que eram irrigadas por meios de sistemas fluviais, com poços de até 23 metros de altura. Tudo isso era possível porque os jardins se localizavam próximo ao rio Eufrates.
Há séculos, os grandes Jardins Suspensos são associados ao Império da Babilônia, o qual é historicamente ligado à arte, literatura, sabedoria, horóscopo e astronomia. Em contrapartida, a visão da Assíria, é associada a uma terra de soldados e guerras.
A capital Babil é lembrada pela obra lendária da Torre de Babel. A obra era composta de uma série de mecanismos arquitetônicos, como camadas protetoras para proteger as fundações de barro dos jardins da água dos canais, colunas ocas usadas como vasos gigantes, um jardim zoológico, canais que serviam de super-regador, e mais.
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Entretanto, nunca foram encontrados vestígios que comprovassem solidamente a existência dos Jardins Suspensos da Babilônia. Entre a realidade e o mito, os Jardins eram um mistério arqueológico. Até que, em 2013, um achado mudou todo o conhecimento da obra lendária.
A importante assirióloga da Universidade de Oxford, Dra. Stephanie Dalley, anunciou que encontrou enterrada a estrutura do que seria um Jardim Suspenso, aos moldes das descrições feitas sobre a Babilônia, mas no sítio de Nínive, atual Mosul, o Iraque, uma das mais importantes capitais do Império Assírio.
Segundo a pesquisadora, os Jardins não seriam obra de Nabucodonosor , como se acreditava antes. Na verdade teria sido uma obra do rei neoassírio Sennacheribe, que governou o reino de 705 a 681 a.C.
Pesquisas recentes afirmam que a figura dos Jardins Suspensos da Babilônia seria uma projeção de memória de tempos posteriores, que tiveram contato com a obra na cidade de Nínive, e construíram a narrativa da grandiosidade da capital babilônica antes de 539 a.C. Mas, hoje, seria mais correto lembrarmos dos Jardins Suspensos de Nínive.