
Atualmente muito se fala em terrorismo. Segundo
Houaiss, terrorismo é definido como “o emprego
sistemático da violência para fins políticos”.
Os atos terroristas mais comentados são os contra o
estado. Mas existem os do estado contra seus
habitantes e os de um estado contra outro estado.
Muito ficam “justificados” sob a alegação de que
“estamos em guerra”.
Os terroristas do ETA: Bascos, que tentam formar um
Estado independente (um País Basco) com províncias
do nordeste da Espanha e do oeste da França, vêm há
muitos anos matando inocentes bascos, espanhóis,
franceses ou outros que estejam próximos às bombas
que explodem, muitas vezes sem escolha eletiva de
vítimas.
Na Irlanda do Norte, católicos e protestantes se
matam em nome de Jesus Cristo que foi um rabino
judeu que pregava o amor aos inimigos, a mansidão e
o perdão.
Na África, os hutus e os tutsis se escravizam
mutuamente, se mutilam e se vendem mutuamente como
escravos, segundo se diz, -- porque pertencem a
“etnias” diversas e rivais.
Os palestinos, expulsos de seus territórios recorrem
ao terrorismo contra os judeus que gradativamente
vão se apossando, atravez de assentamentos, em
terras da Palestina, na Cisjordânia, onde os dois
povos já conviveram harmoniosamente por séculos.
Ultimamente os sérvios praticaram o que denominavam
¨limpeza étnica¨, por ocasião da fragmentação da
Iugoslávia. Essa ¨limpeza¨ consistia no trucidamento
da população não sérvia, em especial, a de religião
maometana.
No fim da Segunda Grande Guerra, a Alemanha já havia
se rendido incondicionalmente, os Norte Americanos
lançaram sobre duas cidades Japonesas bombas
atômicas causando centenas de milhares de vítimas. A
justificativa foi a de que estavam em guerra e
queriam evitar futuras vítimas caso a guerra não
fosse terminada logo. Foi a primeira vez em que se
fez uso das chamadas armas de destruição em massa
que os Norte Americanos, sabidamente, têm em seus
arsenais e não querem para o bem da humanidade que
outros tenham, a não ser os que eles consideram, no
momento, amigos. Dizia-se na época que a escolha das
cidades foi motivada por serem elas cidades
católicas, elas não eram objetivos militares. Os EUA
são uma nação predominantemente protestante.
No terrorismo de Estado os dirigentes, líderes de
diferentes povos encabeçam a destruição de seus
oponentes políticos ou religiosos sejam eles de seu
próprio povo como de minorias que a eles se opõem.
Stalin prendeu, seviciou e matou habitantes da União
Soviética de várias ¨etnias¨ em nome do socialismo.
Os nazistas prenderam em campos de concentração,
torturaram e mataram alemães que não os aceitaram,
que eram antinazistas. O mesmo fizeram com ciganos,
com homossexuais, com os judeus por serem judeus,
polacos, russos, enfim, todos os que se lhes
opunham.
Os judeus, segundo Simon Wiesenthal, também judeu, o
“caçador de nazistas” do após guerra, ex-prisioneiro
em Daschau e em Mauthausen, eram uma minoria dentro
do total dos prisioneiros em campos de concentração
da Alemanha Nazista. A distorção feita pelos judeus
“se adonando do holocausto” – palavras do próprio
Wiesenthal -- na verdade não diminui o horror, que
eles, junto aos outros prisioneiros, sofreram nos
campos de concentração nazistas.
Na Índia, hinduistas matam maometanos e destroem
seus templos. No Paquistão, maometanos fazem o mesmo
com os hinduístas.
Raras são as regiões no mundo em que, no momento,
não se observam conflitos religiosos.
A prática do terrorismo não é nova nem é privativa
de algum povo ou ¨etnia¨. Já na antigüidade
encontramos essa prática. Na Bíblia, encontramos
inúmeros episódios os quais podemos classificar como
terroristas. Eles são abundantes na Tanak, Velho
Testamento para os cristãos e também ocorreram no
Novo Testamento.
Citaremos alguns exemplos dos mais conhecidos.
O DILÚVIO:
Terrorismo atribuído a Yahweh.
Nesse episódio mítico referido na Torá, Bereshit: 6.
5-8 (para os cristãos: Gênesis: 6. 5 - 8), nota-se
uma atitude que bem caracteriza o despotismo do deus
Yahweh (Javé), do monoteísmo judeu. Ele castiga os
homens por um erro que admite ser seu. Ao fazê-los
os fez, também, com grande maldade. E na sua fúria
destrutiva se propõe a eliminar os demais seres por
ele criados. Esta reação do Eterno é uma reação
muito encontradiça nos humanos¨:
“ 5) E viu o Eterno que era grande a maldade do
homem na terra e que todo o impulso dos pensamentos
de seu coração era exclusivamente mau todo o dia. 6)
E arrependeu-se o Eterno de ter feito o homem na
terra, e pesou-lhe em seu coração. 7) E disse o
Eterno: farei desaparecer o homem que criei de sobre
a face da terra, desde o homem até o quadrúpede, até
o réptil e até a ave dos céus: porque me arrependi
de os haver feito. 8) E Noé achou graça aos olhos do
Eterno. (Gen. 6. 5-8).
Os dilúvios, isto é, as grandes e desmesuradas
enchentes são ocorrências comuns desde a
antiguidade. Elas são mais freqüentes nas
proximidades de grandes rios. Os episódios descritos
na epopéia de Gilgamesh bem como o posteriormente
descrito na Bíblia que, -- ao que tudo indica é uma
repetição do primeiro, já que os judeus são
provenientes da baixa Mesopotâmia (Ur, na Caldéia,
hoje Iraque) – ocorrem em região sujeita a
“dilúvios” periódicos devido à sua proximidade com
os caudalosos rios Eufrates e Tigre que a formam e
lhe dão o nome.
A interpretação dada pelos primitivos povos que
habitavam o local é que difere.
Os politeístas atribuem o dilúvio a uma divergência
entre os deuses e o monoteísmo judaico, a uma
decisão de Yahweh (Javé), ¨o deus único e
verdadeiro¨. O ponto que permanece comum é a
intenção dos deuses ou do deus de castigar os homens
pelas desobediências ou pecados cometidos. No
dilúvio o erro é de Yahweh e é admitido por ele.
O homem primitivo, em sua ignorância da origem dos
cataclismos, que periodicamente os assolava, dava
sua interpretação aos mesmos baseada em motivos
emocionais. E, diga-se de passagem, narcisistas,
colocando-se como centro dos acontecimentos, mesmo
tendo que ser o responsável e o objeto do castigo.
Na versão mesopotâmica, politeista, do Dilúvio,
relatada na epopéia de Gilgamesh, a iniciativa de
castigar o homem por suas infrações frente aos
deuses é do deus Enlil, mas há a interferência com
objetivo de salva-lo, atribuída à deusa Ea, que
avisa o “Noé” da versão mesopotâmica. Ele se chama
Ut-napishtim e vive em Shurippak, às margens do
Eufrates. O dilúvio que tem a duração de seis dias e
seis noites é bem menor que a duração do dilúvio
Bíblico -- Enlil acusa Ea de haver avisado e
portanto salvo Ut-napishtim, e seus familiares bem
como os demais representantes de vários ofícios e
marinheiros para guiar o barco -- Ea, ao defender-se
das acusações de Enlil critica-o por ordenar o
extermínio da criação. Diz que cada pecado deve ser
imputado a cada pecador e cada transgressão a cada
transgressor, acusando Enlil de tentar provocar a
catástrofe universal. Alega ainda Ea que Enlil
poderia ter enviado um animal para castigar os
pecadores, uma peste ou a fome com esse fim. O
litígio entre os deuses é um elemento da antiga
teologia mesopotâmica, que procura explicar as
catástrofes que destroem tanta gente, atribuindo-as
à ira irracional dos deuses, ¨ainda não
suficientemente sábios para distinguir entre o bem e
o mal¨.
A narrativa mostra uma tolerância e uma
flexibilidade maior no politeísmo em relação ao
monoteísmo que é tido como uma evolução em relação
ao primeiro.
No monoteísmo o deus único é idealizado como bom,
justo, sábio, perfeito. Todos os seus atos são
aceitos sem discussão e quem põe em dúvida sua
bondade, sabedoria, justiça ou perfeição é castigado
severamente ou eliminado sumariamente. E mais, o
adorador do deus único deve atacar e destruir os
outros deuses, seus templos e seus fiéis. Assim
fazia Akhnaton, Amenophis IV da XVIII Dinastia,
criador do primeiro monoteísmo de que se tem
notícia, tentando erradicar os deuses do politeísmo
egípcio. Moisés o codificador do monoteísmo judeu
igualmente legislou no sentido de eliminar os
ídolos, os templos e os politeístas, sem piedade.
O dilúvio, no relato bíblico, é um ato de terrorismo
praticado pelo deus Javé por se sentir decepcionado
com o que ez, com a própria obra que resultou a seus
olhos, mau e indigno de viver. Por estar
decepcionado com a “maldade humana” ele, em um ato
político, se propõe a destruir toda a criatura viva,
homens e os demais seres vivos, indiscriminadamente.
O que seria chamado hoje, de ¨queima de arquivo¨.
Poupa unicamente Noé e seus familiares, oito pessoas
ao todo que são escolhidos como dignos de
sobreviver.
Javé, bom, justo, sábio e infalível se mostra
arrogante e destrutivo não admitindo divergência
alguma. O que não ocorre no relato politeísta de
Gilgamesh.
O deus Enlil não foi menos despótico e truculento
que Javé, mas os humanos tiveram na deusa Ea uma
defensora.
DESTRUIÇÃO DE SODOMA E GOMORRA
Segue outro episódio bíblico relatado no mesmo Livro
da Torá, Bereshit, 18 e 19 (Para os cristãos:
Pentateuco, Gn, 18 e 19):
“20) E disse o Eterno: O clamor de Sodoma e Gomorra
aumentou, e seu pecado se agravou muito. 21)
Descerei pois e verei que, se fizeram como o clamor
(da cidade) que vem a mim, darei fim neles e senão o
saberei. 22) E se voltaram dali os homens, e foram à
Sodoma e Abrahão ainda estava diante do Eterno¨.(Gn,
18, 20-22)
Ao sul do Mar Morto, Sodoma, Gomorra, Segor, Adama e
Seboim formavam uma pentápole. Para esta região Lot
e seus familiares e demais acompanhantes se
encaminharam para nela habitar. Isto, após se
separar de seu tio Abrahão. Estas cidades foram
destruídas pelo julgamento irado de Javé diante da
”maldade e da depravação de seus habitantes”.
Novamente aqui Javé pratica um ato terrorista, um
genocídio semelhante ao praticado frente aos pecados
que teriam sido praticados pelos contemporâneos de
Noé. Agora o castigo vem, não em forma de inundação,
mas através do fogo e do enxofre. A destruição das
cidades de Sodoma, Gomorra, Seboim, Segor e Adama
marcaram tanto os relatos Bíblicos que até muitos
séculos após, inclusive no Novo Testamento, ela é
citada.
¨...assim como foi a destruição de Sodoma e de
Gomorra, Admá e Tzeboim, que destruiu o Eterno na
sua ira e no seu furor¨. ( Dt. 29, 22)
¨Não tivesse Yahweh dos Exércitos nos deixado alguns
sobreviventes, estaríamos como Sodoma, seríamos
semelhantes a Gomorra¨. (Is. 1. 9)
¨Como na destruição de Sodoma e Gomorra, e de suas
cidades vizinhas, disse Yahweh, ninguém morará mais
ali, homem algum habitará nela¨.( Jer. 49, 18 )
¨Como quando Deus destruiu Sodoma, Gomorra e seus
visinhos – oráculo de Yahweh. ninguém mais habitará
ali nem residirá nela um filho do homem¨.(Jer. 50,
40).
¨Yahweh ama o justo e o ímpio, ele odeia quem ama a
violência; 6) fará chover sobre os ímpios, brasas e
enxofre e um vento fortíssimo: é a parte que lhes
cabe. 7) Sim, Yahweh é justo, ele ama a justiça, e
os corações retos contemplarão sua face¨. ( Sl. 11,
5)
¨Eu vos derrubei como Deus derrubou Sodoma e Gomorra,
fostes como um tição arrancado de um incêndio, mas
não voltastes a mim! Oráculo de Yahweh¨ (Am. 4, 11)
E no Novo Testamento:
¨Em verdade vos digo que o Dia do Juízo será mais
tolerável para Sodoma e Gomorra do que para aquela
cidade¨.(Mt. 10, 15)
¨E tu, Cafarnaum, por acaso te elevarás até o céu?
Antes, até o inferno descerás. Porque se em Sodoma
tivessem sido realizados os milagres que em ti se
realizaram, ela teria permanecido até hoje. 24) Mas
eu vos digo que o Dia do Juízo será mais suportável
para a terra de Sodoma do que para vós.¨(Mt. 11. 23)
O DEFLORAMENTO DE DINÁ E A VINGANÇA TRAIDORA DE
SIMEÃO E LEVI.
Gen: (Bereshit): (Vayisjiah) 34, 1-31: (em: A LEI DE
MOISES E AS “HAFTAROT”):
1 – E saiu Diná, filha de Leá, que a deu á luz para
Jacob, para ver as filhas da terra.
2 – E viu-a Shechem, filho de Hamor o hiveu,
príncipe da terra, e tomou-a, e deitou-se com ela, e
humilhou-a.
3 – E apegou-se sua alma a Diná, filha de Jacob, e
amou a moça, e falou ao coração da moça.
4 – E falou Shechem a Hamor, seu pai, dizendo: Toma
para mim esta moça por mulher.
5 – E Jacob escutou que profanou a Diná sua filha; e
seus filhos estavam com seu gado no campo, e calou
Jacob até sua chegada.
6 – E saiu Hamor, pai de Shechem, até Jacob para
falar com ele.
7 – E os filhos de Jacob vieram do campo ao escutar;
entristeceram os homens e iraram-se muito; porque
fez uma vileza com Israel. Ao deitar-se com a filha
de Jacob, e assim não se devia fazer.
8 – E falou com eles Hamor dizendo: Shechem, meu
filho, afeiçoou sua alma por vossa filha, dai-a,
rogo-vos, para ele, por mulher.
9 – E aparentai-vos conosco; vossas filhas dareis a
nós, e nossas filhas tomareis para vós.
10 – E conosco habitareis, e a terra estará diante
de vós ; ficai e negociai nela, e tomai posse dela.
11 – E disse Shechem ao pai dela e a seus irmãos:
Acharei graça a vossos olhos, e o que me disserdes,
darei.
12 – Aumentai sobre mim o dote e a dádiva, e darei
quanto disserdes, e dai-me a moça por mulher. E
responderam os filhos de Jacob a Shechem e a Hamor,
seu pai, e disseram inteligentemente, pois havia
profanado a sua irmã Diná.
14 – E falaram-lhes: Não podemos fazer esta coisa,
dar nossa irmã a um homem que tenha prepúcio porque
seria uma vergonha para nós. 15 – Somente assim
consentiremos: se fordes como nós; que se circuncide
entre vós todo o macho.
16 – E daremos as nossas filhas a vós, e vossas
filhas tomaremos para nós; e habitaremos convosco, e
seremos um povo.
17 – E se não nos ouvirdes para serem circuncidados,
tomaremos nossa filha e nos iremos.
18 – E agradaram suas palavras aos olhos de Hamor e
aos olhos de Shechem, filho de Hamor.
19 – E não tardou o mancebo a fazer isto, porque
ansiava pela filha de Jacob; e ele era o mais
honrado da casa de seu pai.
20 – E vieram Hamor e Shechem, seu filho, à porta de
sua cidade; e falaram a todos os homens de sua
cidade dizendo:
21 – Estes homens são pacíficos conosco, e estarão
na terra, e negociarão nela, e a terra é generosa
diante deles. As suas filhas tomaremos para nós por
mulher, e nossas filhas daremos a eles.
22 – Somente com isto consentirão os homens estar
conosco para sermos um povo: circuncidar entre nós
todo o macho como eles são circuncidados.
23 – Seu gado, suas possessões e todos seus animais
certamente serão para nós: -somente consintamo-lhes
e estarão conosco.
24 – E escutaram a Hamor e a Shechem, seu filho,
todos os que saiam pela porta da sua cidade; e foram
circuncidados todos os machos, todos os que saiam
pela porta de sua cidade.
25 – E foi no terceiro dia, quando estavam muito
doloridos, dois filhos de Jacob, Simão e Levi,
irmãos de Diná, tomaram cada um de sua espada , e
vieram sobre a cidade tranqüila e mataram todo
macho.
26 – E a Hamor e a Shechem, seu filho, mataram a fio
de espada. E tomaram a Diná da casa de Shechem, e
saíram.
27 – Os filhos de Jacob vieram aos mortos, e
saquearam a cidade, porque haviam profanado sua
irmã.
28 – Seus rebanhos, e bois e jumentos, e o que havia
na cidade e no campo, tomaram.
29 – E todo o seu haver, e todas suas crianças e
suas mulheres, cativaram e saquearam, tudo o que em
casa havia.
30 – E disse Jacob a Simão e a Levi: Vós me
perturbastes para fazer-me abominável aos moradores
da terra, com o cananeu e com periseu; e eu tenho
poucos homens; e juntar-se-hão contra mim, e
ferir-me-hão , e serei destruído, eu e minha casa.
31 – E disseram: Como prostituta haveriam de tratar
nossa irmã?
(Diz o tradutor e comentarista do livro citado,
rabino Meir Matzliah Melamed):
“Jacob, em seu leito de morte onde se costuma
perdoar as faltas dos outros, não pode conter-se de
amaldiçoar a ira sanguinária de seus dois filhos”
5) Simão e Levi, irmãos, instrumentos de violência
são suas armas .
6) Em seu segredo não entre minha alma, nem em sua
assembléia se una a minha honra; porque na sua ira
mataram homens e com sua vontade quiseram
desarraigar um boi. (o comentarista diz que isto se
refere ao que fizeram com seu irmão José)
7) Maldito seu furor, o que é forte, a sua ira que é
dura! Dividi-los-hei em Jacob, e espalha-los-hei em
Israel.( Gn. 49, 5-7)
O mesmo comentarista diz que “a tradição conta que a
triste e infeliz Diná passou seus anos encerrada na
casa de Simão, seu irmão, não teve mais alegrias
neste mundo, e morreu de tristeza no Egito.”
JAVÉ E MOISÉS DESTROEM O BEZERRO DE OURO E CASTIGAM
OS SEUS ADORADORES SEPULTANDO-OS VIVOS OU
PASSANDO-OS PELO FIO DA ESPADA.
Em Êxodo ( Ki Tissá) 32:
Moisés sobe no Monte Sinai para receber as ordens do
deus Javé e lá se demora.
1) E viu o povo que demorava Moisés em descer do
monte, e se juntou o povo a Aarão, e disse-lhe:
Levanta-te e faz-nos deuses que andem diante de nós,
porque a este Moisés, o homem que nos fez subir da
terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu.
2) E disse-lhes Aarão: Tirai os aros de ouro das
orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e de
vossas filhas e trazei-os a mim. 3) E tirou todo o
povo os aros de ouro de suas orelhas e os levaram a
Aarão:
4) E tomou-os de suas mãos, e os trabalhou com o
buril e fez bezerro fundido. E disseram: Estes são
teus deuses, Israel, os que te fizeram subir a terra
do Egito.
5) E viu Aarão e edificou um altar diante dele; e
proclamou Aarão, e disse: Festa para o Eterno será
amanhã.
6) E madrugaram no dia seguinte e ofereceram
holocaustos e trouxeram sacrifícios de pazes, e
sentou-se o povo para comer e beber, e levantou-se
para celebrar.
7) E falou o Eterno a Moisés: Vai, desce, porque se
corrompeu o teu povo, o qual fizeste subir da terra
do Egito.
8) Saíram depressa do caminho que lhes ordenei,
fizeram para eles um bezerro fundido, e
prostraram-se diante dele, e sacrificaram-lhe e
disseram: Estes são teus deuses, ó Israel, os que te
fizeram subir da terra do Egito.
9) E disse o Eterno a Moisés: Tenho visto a esse
povo, e eis que é um povo de dura cérvix.
10) E agora deixa-me, para que a minha ira se acenda
contra eles e os consumirei, e farei de ti um grande
povo.
11) E rogou Moisés às faces do Eterno, seu Deus, e
disse: Porque, Eterno, se acenderá o teu furor
contra teu povo, que tiraste da terra do Egito com
força grande e com mão forte?
12) porque hão de falar os Egípcios dizendo: para
mal os tirou para mata-los nos montes, e para os
consumir de sobre a superfície da terra?
13) Volve-te do furor de tua ira e muda o pensamento
de fazer mal a teu povo.
14) Recorda a Abrahão, a Isaac, e a Israel, a quem
juraste por ti, e falaste: multiplicarei vossa
semente como as estrelas dos céus, e toda a terra
que Eu disse, darei a vossa semente e herdarão para
sempre.
15) E arrependeu-se o Eterno do mal que falou em
fazer a seu povo. (...)
16) E tomou o bezerro que fizeram e o queimou no
fogo e o moeu até que se desmanchou em pó, e o
espalhou pela superfície, das águas, e fez beber aos
filhos de Israel.
18) E disse Moisés a Aarão: Que fez esse povo para
trazeres para ele um grande pecado?
19) E disse Aarão: Não cresça o furor do meu Senhor,
tu conheces o povo, quão inclinado ao mal é ele.
20) E me disseram: Faze-nos deuses que irão adiante
de nós, porque a este Moisés, o homem que nos fez
subir da terra do Egito, não sabemos o que lhe
aconteceu.
21) E eu lhes disse: Quem tem ouro? Tiraram e mo
deram; joguei-o no fogo, e saiu este bezerro.
22) E viu Moisés que a falta do povo estava
descoberta, pois a descobriu Aarão para servir como
infâmia entre seus inimigos.
23) E pôs-se de pé Moisés, à entrada do acampamento
e disse: Quem teme ao Eterno venha comigo! E
juntaram-se a ele todos os filhos de Levi.
24) E disse-lhes: Assim disse o Eterno, o Deus de
Israel: Colocai cada um sua espada sobre vossa coxa,
passai e tornai a passar de porta a porta do
acampamento e matai cada homem a seu irmão, e cada
homem a seu companheiro, e cada homem a seu próximo.
25) E fizeram os filhos de Levi conforme a palavra
de Moisés, e caíram do povo, naquele dia, uns três
mil homens.
26) E disse Moisés: Consagrai-vos hoje ao Eterno,
cada um por seu filho, e por seu irmão, a fim de dar
sobre vós, hoje, bênçãos¨.
O mesmo episódio, relatado no livro de Números 16,
tem como conclusão, nos versículos 26 até 34, outro
final não menos trágico:
28) E falou à congregação, dizendo: Retirai-vos logo
de junto das tendas destes homens maus e não toqueis
em nada do que é deles, para que não sejais
castigados por todos os seus pecados.
29) E retiraram-se pois dos arredores do Tabernáculo
de Coré, Datan, e Abiram: e Abiram e Datan saíram e
se puseram à entrada de suas tendas com suas
mulheres, e seus filhos, e suas crianças.
30) E disse Moisés: ¨com isso sabereis que o Eterno
me enviou a fazer todos esses feitos, e que não os
tenho feito por mim mesmo.¨
31) E disse Moisés: ¨Se estes morrerem como morrem
todos os homens, e se forem visitados como se
visitam todos os homens, então não é o Eterno que me
enviou.
32) E se criar Deus uma criação inédita e abrir a
terra a sua boca e os tragar com tudo o que é deles
e descerem vivos ao abismo, então sabereis que
irritaram estes homens ao Eterno.¨
33) E ao acabar de falar ele estas palavras,
fendeu-se a terra debaixo deles:
34) E abriu a terra a sua boca, e tragou-os, e a
suas casas, e a todos os homens de Coré, e a todos
os seus bens.
35) E desceram eles, e tudo o que era deles, vivos
ao abismo, e cobriu-os a terra e desapareceram do
meio da congregação.
36) E todo Israel, que estava ao redor deles, fugiu
por causa da voz estrondosa (do fendimento); Porque
diziam: Não suceda que a terra nos trague a nós. E
um fogo saiu do Eterno e consumiu aos duzentos e
cinqüenta homens que ofereceram o incenso¨.
Levi, terceiro filho de Jacó com sua primeira mulher
Lia, tinha como seus descendentes a missão de zelar
pelo Tabernáculo e a eles era confiado os deveres
Sacerdotais.
Um dos filhos de Levi foi Caat, que gerou Amrão, que
gerou Miriam, Aarão e Moises. Eram, portanto, Moises
e Araão irmãos e bisnetos de Levi. Da casa de Levi
como se costumava dizer.
Coré, Datan e Abiram, -- os que encabeçaram a
revolta contra Moisés e tiveram a aquiescência de
Aarão, pois foi ele que modelou o Bezerro de Ouro
para ser adorado, -- também eram Levitas, como
Moisés. Os primeiros foram mortos mas Araâo que era
irmão de Moisés ficou impune.
O terrorismo consiste em um ato de desespero diante
de uma situação que é vista como injusta e opressora
e que não restaria, ao que se sente vítima, o
terrorista, outra saída.
Um exemplo temos no atentado praticado por Menachen
Beghin e outros terroristas, na década de 1940,
contra os militares britânicos que ocupavam a
Palestina, isso antes da criação do Estado de
Israel, quando explodiram o Hotel Rei David em
Jerusalém, onde os militares se hospedavam. Este
terrorista sempre foi visto como um herói pelos
judeus e seus simpatizantes tendo, inclusive,
posteriormente, sido primeiro ministro do Estado de
Israel e recebido o Prêmio Nobel da Paz. Mas foi um
terrorista.
Atualmente os palestinos (filisteus dos tempos idos)
repetem os atentados, mas agora contra os israelis.
As acusações de terrorismo são feitas, via de regra,
aos inimigos. Muitas vezes os brutais atos
terroristas, se praticados por nossos partidários ou
por facções com as quais simpatizamos, são vistos
como atos heróicos e de desprendimento. Omitimos ou
esquecemos, ou até justificamos as mortes e a
destruição provocadas. Os mesmos atos, quando
praticados pelos opositores, são lembrados e
repisados como atos brutais e injustificados.
SANSÃO DERRUBA, COM AJUDA DE YHAWEH, O TEMPLO DO
DEUS DAGON, DOS FILISTEUS, MATANDO CERCA DE TRÊS MIL
PESSOAS, E SUICIDANDO-SE.
Um herói judeu, um dos vários Juízes que a história
bíblica nos conta, Sansão, foi juiz durante vinte
anos e protagonista de dois episódios que podemos
classificar como terroristas.
A época dos Juízes foi um período em que os Judeus
procuravam consolidar a posse do território
Palestino invadido pelos Israelitas, sob o comando
de Josué, sucessor de Moisés, sob a alegação de que
teriam feito “um pacto” com seu deus Javé e que este
lhes doara estas terras, bem como as de outros povos
(cineus, ceneseus, cedmoneus, heteus, fereseus,
refaim, amorreus, cananeus, gergeseus e gebuseus),
pois eles, os Judeus eram “seu povo eleito”, ¨o povo
escolhido¨.
O povo Judeu sempre foi um estado teocrático
dirigido pelo deus YHAWEH (Javé), tendo como um
porta-voz um profeta, um Juiz ou, mais tarde, também
um Rei.
Sansão é diminutivo de “Semes” que significa Sol,
foi o último dos seis Juizes Maiores de Israel. Era
da Tribo de Dan, proveniente de Saraa, situada a
meio caminho entre o Mediterrâneo e Jerusalém (Jebus
el Salem, Salem dos Jebuseus, terra dos Jebuseus).
Sua missão era “livrar Israel das mãos dos
Filisteus”.
Sansão era um “Nazireu” (homem consagrado a Javé
desde a infância). Dotado de excepcional força
física, combatia os Filisteus, praticamente sozinho.
Não fazia parte dos exércitos Israelitas.
¨Matava filisteus aos milhares¨, é o que nos diz o
livro de Juizes.
Na Edição em Ladino, da Bíblia de Ferrara, Livro de
Juízes, Capítulo 15- 4 e 5, encontramos este relato:
¨4) Y anduuo Simson, y prendio trecientas raposas, y
tomo tizones y boluio cola a cola , y puso tizon vno
entre dos las colas en medio¨; 5)- Y encendio fuego
en los tizones , y enbio en miesses de Pilistim, y
quemo de haçe y fasta gauilla, y fasta viñy oliua¨.(Jz.
15, 4 e 5)
Em português atual o trecho acima está assim
grafado:
“4 – Sansão partiu e caçou trezentas raposas, tomou
tochas, amarrou as raposas cauda a cauda e pôs
tochas entre cada par de caudas.
5 – E depois pôs fogo ás tochas e soltou os animais
pelos campos de trigo dos filisteus (palestinos) e
incendiou o trigo e também as vinhas e as
oliveiras”. (Juízes. 15, 4 e 5).
O Ladino é um Português arcaico falado pelo povo
hebreu, Sefaradi, que habitava a Península Ibérica e
que, durante a Inquisição foi dispersado pela Europa
ocidental, norte da África, Turquia e Américas.
O Ladino está para o judeu Ibérico como o Idish para
o judeu do centro e leste da Europa, os asquenazes.
O judeu quando convertido ao Catolicismo era
depreciativamente chamado ¨marrano¨ que significa
porco, imundo. Se não se convertia, quando não podia
fugir, era assassinado pelos pretensos catequistas,
nas fogueiras do Santo Ofício. A espoliação de seus
bens, inclusive dando parte ao denunciante, era o
corolário.
Em um segundo episódio, após Sansão ser preso e
cegado pelos inimigos palestinos:
“23) Quando os príncipes dos filisteus (palestinos)
se reuniram para oferecer um solene sacrifício a seu
deus Dagon, e para fazer uma festa alegre, disseram:
‘o nosso deus nos entregou nas mãos o nosso
inimigo‘.
24) Também o povo o viu e louvou a seu deus,
exclamando: ‘O nosso deus nos entregou o nosso
inimigo, devastador do país que matou muitos dos
nossos’.
25) E como ficassem alegres gritaram: “Chamai a
Sansão para que nos divirta”. Trouxeram Sansão do
cárcere para que os divertisse. Depois o colocaram
entre as colunas.
26) Disse então Sansão ao menino que lhe segurava a
mão: ‘ Deixa-me apalpar as colunas nas quais se
assenta o templo, para que me apoie nelas “.
27) Ora, o templo estava repleto de homens e
mulheres; estavam ali, também, todos os príncipes
dos filisteus e sobre o terraço havia uns três mil
homens e mulheres que estavam observando como Sansão
os divertia.
28) Sansão invocou a Javé, dizendo: ‘Javé, meu
Senhor, peço-te que te lembres de mim e me fortaleça
ainda esta vez para que me vingue dos filisteus, por
meus olhos, com um único golpe’.
29) Depois, Sansão abraçou as duas colunas centrais
que sustentavam o templo, e apoiou-se nelas; com a
mão direita numa e a esquerda na outra,
30) e exclamou: ‘morra eu com os filisteus!’. Depois
se endureceu com força e o templo desabou sobre os
príncipes e sobre todo o povo que nele se
encontrava. E os que matou na sua morte foram mais
numerosos do que os que matou em vida “. (Juízes,
Cap. 16, 23-30)
Esse ato terrorista lembra, pela derrubada e
destruição das duas colunas, pela destruição e pela
morte de, aproximadamente, três mil pessoas,
acompanhadas do suicídio do terrorista, o episódio
terrorista de 11 de setembro de 2001 em que foram
vítimas os habitantes de New York.
Tanto Sansão, como os outros terroristas, os do
Grupo Al Qaeda procuraram ferir o que eles viam como
o representante do centro do poder e do orgulho do
inimigo. O Templo de Dagan para os Filisteus e as
Torres Gêmeas do World Trade Center para o povo
Norte Americano, como também o edifício do
Pentágono. E pouco importou para eles, a morte.
JEÚ, DÉCIMO REI DE ISRAEL (842-815 aC).
Jeú foi o fundador da quinta dinastia, filho de
Josafá, era general de Acab e Jorão. Fez-se
proclamar Rei pelo exército e foi ungido a mando do
profeta Eliseu. A seguir em Jesrael, assassinou o
Rei de Israel Jorão (ou Joram) e o Rei de Judá,
Ocozias, filhos de Acab.
Eliseu, o profeta, chamou um dos filhos dos profetas
e lhe disse: ¨
Cinge os teus rins, toma este vaso de óleo e vai a
Ramot-Galaad. 2) Quando lá chegares, procura Jeú,
filho de Josafá, filho de Namsi, tira-o de dentre os
seus irmãos e leva-o a um aposento retirado. 3)
Tomarás então o vaso de óleo e, derrama-o sobre sua
cabeça, dirás: Ungi-te Rei de Israel¨. Feito isto,
abre a porta e foge sem demora¨. (2 Reis. 9. 1-3)
Ao se darem conta dos movimentos de Jeú:
21) Disse então Joram: ¨Atrela depressa o meu
carro!¨ Joram, Rei de Israel, e Ocozias Rei de Judá,
cada um no seu carro, foram ter com Jeú, e se
encontraram no campo de Nabot, de Jezrel.
22) Vendo Jeú, Joram disse: ¨Vai tudo bem, Jeú? ¨
Este respondeu: ¨Como irá tudo bem se perduram as
prostituições de Jezebel, tua mãe, e suas inúmeras
magias? ¨ 23) Joram voltou o carro e fugiu,
exclamando para Ocozias: ¨Traição, Ocozias! ¨.
24) Jeú, porem, tendo seu arco na mão, atingiu Joram
entre as espáduas: a flexa atravessou o coração do
Rei, que tombou dentro do carro. (...)
27) Vendo isto, Ocozias, Rei de Judá, fugiu rumo a
Bet-Gun. Jeú, perseguindo-o gritou: ¨Matai-o também!
. Atingiram-no, dentro de seu carro, na subida de
Gaver, perto de Jibleam; mas foi anida até Magedo,
onde morreu. (...)
32) Ele – Jeú – levantou a cabeça para a janela e
disse: ¨Quem está comigo? Quem? ¨ E dois ou três
eunucos se inclinaram para ele, 33) e ele ordenou:
¨Lançai-a abaixo!¨ E eles a – Jezabel – precipitaram
janela abaixo, e seu sangue salpicou a parede e os
cavalos que a pisaram¨. (2 Reis. 9, 1-33)
O relato Bíblico descreve o Golpe de Estado
desfechado por Jeú, com a cumplicidade do (clero)
profetas Elias e Eliseu, contra a Casa de Acab, sua
mulher, Jezabel seus filhos, Joram e Ocozias.
Jezabel era filha de Etbaal, de Tiro, Cananea,
adoradora de Baal. Ela propagava o culto a Baal e
Acab tolerava esse culto. Até edificaram um Templo a
Baal na Samaria.
Jeú intimou, por carta, os preceptores dos filhos de
Acab para que aderissem a ele:
6) Mandou-lhes então Jeú uma segunda carta nestes
termos: ´Se estais do meu lado e quereis ouvir-me,
tomai as cabeças dos filhos de vosso senhor e
trazei-as amanhã a esta hora a Jezreel!´. Havia
setenta filhos do Rei em casa dos nobres da cidade
onde eram educados. 7) Logo que a carta chegou,
pegaram os filhos do Rei, mataram todos os setenta,
puseram as cabeças dentro de cestos, e enviaram a
Jeú, em Jesreel. (...)
17) Chegando a Samaria, Jeú eliminou todos que ainda
restavam da casa de Acab, em Samaria,
exterminando-os por completo, conforme a palavra de
Yahweh dirigida a Elias. (...)
19) E agora convocai todos os profetas de Baal,
todos seus ministros do culto e todos os seus
sacerdotes; que ninguém falte porque oferecerei um
grande sacrifício a Baal. Quem faltar, não viverá!
¨. Jeú agia com astúcia para liquidar todos os
ministros de Baal. Jeu disse: 20) Santificai-vos em
vista de uma assembléia solene em honra de Baal¨.
Assim fizeram. (...)
25) Quando se ofereceram os holocaustos, Jeú ordenou
aos guardas e seus oficiais: ¨Entrai e matai-os! Que
ninguém escape!¨ Os oficiais e guardas entraram e os
passaram a fio de espada, e os exterminaram.
Penetrando no santuário do templo de Baal.
26) Tiraram as colunas sagradas do templo de Baal e
queimaram-nas; 27) derrubaram a coluna de Baal;
demoliram o templo de Baal e ali fizeram latrinas,
que existem até hoje, 28) Jeú eliminou Baal de
Israel. 29) Mas Jeú não se desviou dos pecados de
Jeroboão, filho de Nabat, e aos quais arrastara
Israel; manteve os bezerros de ouro em Betel e Dan.
30) Disse Yahweh a Jeú: ¨Porque fizeste o que era
agradável aos meus olhos, executando a minha vontade
contra a casa de Acab, os teus filhos ocuparão o
trono de Israel até a quarta geração¨.(...)
36) Jeú reinou sobre Israel, em Samaria, vinte e
oito anos¨ (2 Reis. 10, 6-36)
Os adeptos de Baal (judeus e não judeus) foram
destruídos pelos judeus com a mesma fúria insana com
que foram eliminados pelos cristãos os infiéis nas
Cruzadas e na Inquisição e como foram massacrados os
judeus, entre outros, pelos nazistas.
Aí está uma conseqüência do fundamentalismo
religioso ou político, do sectarismo, não importa
qual seja seu credo ou grupo humano. Este sectarismo
tem como alicerce as pulsões agressivas amalgamadas
com um narcisismo exacerbado.
MASSACRE DOS INOCENTES DE BELÉM POR HERODES MAGNO,
REI DOS JUDEUS.
Em Mateus é relatada a história a Herodes, pelos
três Reis Magos, que estavam indo a Belém para
homenagear Jesus que acabara de nascer e que seria,
segundo as profecias, o futuro rei dos judeus. Os
Reis Magos desconfiaram de Herodes e não voltaram
para lhe dar notícia da visita como haviam
prometido. Herodes, sentindo-se ameaçado, pois ele
era o Rei dos Judeus, desconfiado e sem escrúpulos –
é o que nos conta a história – manda matar todo os
meninos de dois anos para baixo, na cidade de Belém.
¨Então Herodes percebendo que fora enganado pelos
magos, ficou muito irritado e mandou matar, em Belém
e no seu território, todos os meninos de dois anos
para baixo, conforme o tempo de que havia se
certificado com os magos¨. Mt 2, 16)
BIBLIOGRAFIA
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Explicações e Comentários Pelo Rabino Méier Matzliah
Melamed. Florida, 1980, 3a. ed.
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de
Janeiro Instituto Antônio Houaiss. Ed. Objetiva ,
2001.
Bíblia de Ferrara ( The Ladino Bible of Ferrara)
Culver City–, Green Valley Circle # 213, , CA 90230.
USA –1992. Edição Crítica: Moshe Lazar Labyrinthos,
6355
“Bíblia de Jerusalem” – Bíblia de Jerusalém. São
Paulo, Paulinas, 1981.
Bouzon, Emanuel - O Código de Hammurabi. Introdução,
tradução (do original cuneiforme) e comentários.Ed.
Vozes. RJ. 1976.
Bouzon, Emanuel - Ensaios Babilônicos: Sociedade,
Economia e Cultura na Babilônia Pré-Cristã. EDIPUCRS.
Porto Alegre/RS. 1998.
–Schiavo, José – Dicionário de Personagens Bíblicos,
Antigo e Novo Testamento.. Rio de Janeiro - RJ.
Brasil. Ed. De Ouro, 1965.
Wiesenthal, Simon. Em entrevista ao semanário
israelense de idioma francês “Realidades de Israel e
do Oriente Médio” e reproduzida parcialmente pelo
jornal Zero Hora de Porto Alegre,RS-Brasil, na
Edição de 2 de janeiro de 1961, página 3