Cultura e Entretenimento

Fotografias que fizeram história no século XX

Fotos históricas mais marcantes do século XX, que viraram ícone da cultura pop e fazem parte do imaginário popular.

Diz o dito popular que uma imagem vale mais que mil palavras; em determinadas ocasiões valem bem mais. Às vezes, uma simples fotografia pode mudar o mundo, fazer tremer a toda uma sociedade. A seguir as fotos mais marcantes do século XX e, quiçá, da história.


Desastre de Hindenburg

Esta foto foi capturada em 1937, por Murray Becker. O LZ 129 Hindenburg, ou simplesmente Hindenburg, foi um dirigível construído pela Luftschiffbau-Zeppelin GmbH, na Alemanha. Conhecido como Zeppelin, o dirigível, com 245 metros de comprimento e sustentado no ar por 200 mil metros cúbicos de hidrogénio, o maior dirigível da história até 1937, saiu de Hamburgo e cruzou o Atlântico a 110 km/h. Durante as manobras de pouso, um incêndio tomou conta da aeronave e o saldo foi de 13 passageiros e 22 tripulantes mortos e um técnico em solo, no total de 36 pessoas.


Beatles na Abbey Road

Esta foto foi capturada em 1969, por Iain Macmillan. A fotografia foi tirada do lado de fora dos estúdios Abbey Road, em Londres. Foram feitas seis fotos. Reza a lenda que o fotógrafo só teve dez minutos para clicar os músicos atravessando a faixa de pedestres da famosa rua londrina. Lennon teria dito: “Vamos tirar logo essa foto e sair daqui, deveríamos estar gravando o disco e não posando pra fotos idiotas”. McCartney aparece de pés descalços na fotografia, fato que alimentou a lenda de que ele estaria morto, vítima de um acidente de carro três anos antes.


Che Guevara – Guerrilheiro

Esta foto foi capturada em 1960, por Alberto Korda. Che Guevara participava de um memorial às vítimas de uma explosão de barco que matara 136 pessoas, quando foi fotografado por Alberto Korda, em 5 de março de 1960. Embora a autoria seja de Korda, a foto foi imortalizada pelo artista irlandês, Jim Fitzpatrick, que criou uma estampa em monotipia baseada na foto e a colocou em domínio público.
O Instituto de Arte de Maryland - EUA denominou-a "A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século XX".
É, sem sombra de dúvidas, a imagem mais reproduzida de toda a história. Expressa um símbolo universal de rebeldia, em todas suas interpretações.


Einstein mostrando a língua

Esta foto foi capturada em 1951, por Arthur Sasse. Einstein acabara de ser homenageado por seu aniversário de 72 anos. Diante da perseguição dos fotógrafos e repórteres que pediam que fizesse uma pose, mostrou a língua para demonstrar seu descontentamento com o assédio. Embora essa versão tenha sido confirmada pelo fotógrafo, existem outras teorias e hipóteses menos críveis, por exemplo, um suposto protesto antibomba atômica.

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A agonia de Omayra

Omayra Sanchez foi uma menina vítima do vulcão Nevado do Ruiz durante a erupção que arrasou o povoado de Armero, Colômbia em 1985. Omayra ficou 3 dias jogada sob o lodo, água e restos de sua própria casa e presa aos corpos dos próprios pais. Quando os paramédicos de parcos recursos tentaram ajudá-la, comprovaram que era impossível, já que para tirá-la precisavam amputar-lhe as pernas, e a falta de um especialista para tal cirurgia resultaria na morte da menina.
Omayra mostrou-se forte até o último momento de sua vida, segundo os paramédicos e jornalistas que a rodeavam. Durante os três dias, manteve-se pensando somente em voltar ao colégio, a seus exames e à convivência com seus amigos. O fotógrafo Frank Fournier, fez uma foto de Omayra que deu a volta ao mundo e originou uma controvérsia a respeito da indiferença do Governo Colombiano com respeito às vítimas de catástrofes. A fotografia foi publicada meses após o falecimento da garota. Muitos vêem nesta imagem de 1985 o começo do que hoje chamamos Globalização, pois sua agonia foi vivenciada em tempo real pelas câmaras de televisão de todo o mundo.


A menina do Vietname

Em 8 de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali encontrava-se Kim Phuc e sua família. Com a sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria no meio do povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem.
Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele. Qualquer um que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poderá ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças.
Hoje em dia (2012) Pham Thi Kim Phuc está casada, com 2 filhos e reside no Canadá onde preside a "Fundação Kim Phuc", dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.


Execução em Saigon

"O coronel assassinou o preso; mas e eu... assassinei o coronel com minha câmara!”
Palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra, autor desta foto que mostra o assassinato, em 1 de fevereiro de 1968, por parte do chefe de polícia de Saigon, a sangue frio, de um guerrilheiro do Vietcong.
Adams, correspondente em 13 guerras, obteve por esta fotografia um prémio Pulitzer; mas ficou tão emocionalmente tocado com ela que se converteu em fotógrafo paisagístico.


A menina Afegã

Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética.
Sua foto foi publicada na capa da National Geographic em junho de 1985 e, devido ao seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo. No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da garota. O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca à jovem que durou exactos 17 anos. Em janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome.
Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos. Ela regressou ao Afeganistão em 1992.


O beijo do Hotel de Ville

Esta bela foto, que data de 1950, é considerada como a mais vendida da história. Isto devido à intrigante história com a que foi descrita durante muitos anos: segundo se contava, esta foto foi tirada fortuitamente por Robert Doisneau enquanto se encontrava sentado tomando um café.
O fotógrafo accionava regularmente a sua câmara entre as pessoas que passavam e captou esta imagem de amantes beijando-se com paixão enquanto caminhavam no meio da multidão. Esta foi a história que se conheceu durante muitos anos até 1992, quando dois impostores se fizessem passar pelo casal protagonista desta foto. No entanto o Sr. Doisneau indignado pela falsa declaração, revelaria a história original declarando assim aquela lenda: a fotografia não tinha sido tirada a esmo, mas que se tratava de dois transeuntes a quem pediu que posassem para sua lente, enviando-lhes uma cópia da foto como agradecimento. 55 anos depois Françoise Bornet (a mulher do beijo) reclamou os direitos de imagem das cópias desta foto e recebeu 200 mil dólares.


O beijo da Time Square

O Beijo de despedida da Guerra foi feita por Victor Jorgensen na Times Square em 14 de Agosto de 1945, onde um soldado da marinha norte-americana beija apaixonadamente uma enfermeira.
O que é fora do comum para aquela época é que os dois personagens não eram um casal, eram perfeitos estranhos que haviam acabado de se encontrar. A fotografia, grande ícone, é considerada uma analogia da excitação e paixão que significa regressar a casa depois de passar uma longa temporada fora, como também a alegria experimentada ao término de uma guerra.

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O homem do tanque de Tiananmen

Também conhecido como o "Rebelde Desconhecido", esta foi a alcunha que foi atribuido a um jovem anónimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa.
A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (morto horas depois) interpôs-se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar. Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo chinês: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo se isso implicava causar algum dano a um cidadão.


Protesto silencioso

Thich Quang Duc, nascido em 1897, foi um monge budista vietnamita que se sacrificou até a morte numa rua super movimentada de Saigon em 11 de junho de 1963.
O seu ato foi repetido por outros monges. Enquanto o seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se completamente imóvel. Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído.
Thich Quang Duc protestava contra a maneira como a sociedade oprimia a religião Budista no seu país. Após a sua morte, o seu corpo foi cremado conforme à tradição budista. Daí você poderia perguntar:  - "Existiria mais alguma coisa para cremar?“
Hum hum... durante a cremação o seu coração manteve-se intacto, pelo que foi considerado como quase santo e seu coração foi transladado aos cuidados do Banco de Reserva do Vietname como relíquia.


Espreitando a morte

Em 1994, o fotógrafo Sudanês Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer de fotojornalismo com uma fotografia tomada na região de Ayod (uma pequena aldeia em Suam), que percorreu o mundo inteiro.
A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de morrer, enquanto num segundo plano, a figura negra expectante de um abutre se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da garota.
Quatro meses depois, abrumado pela culpa e conduzido por uma forte dependência às drogas, Kevin Carter suicidou-se.


The Falling Man

The Falling Man é o título de uma fotografia tirada por Richard Drew durante os atentados do 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas do WTC.
Na imagem pode-se ver um homem atirando-se de uma das torres.
A publicação do documento pouco depois dos atentados irritou a certos sectores da opinião pública norte-americana.
Ato seguido, a maioria dos meios de comunicação se auto-censurou, preferindo mostrar unicamente fotografias de atos de heroísmo e sacrifício.


Triunfo dos Aliados

Esta fotografia do triunfo dos aliados na segunda guerra, onde um soldado Russo agita a bandeira soviética no alto de um prédio, demorou a ser publicada pois as autoridades Russas quiseram modificá-la.
Na A bandeira era na verdade uma toalha de mesa vermelha e o soldado aparecia com dois relógios no pulso, possivelmente produto de saque.
Sendo assim foi modificada para que não ficasse feio para os soviéticos.


Necessidade

Soldados e aldeãos cavam sepulturas para as vítimas de um grande terremoto acontecido em 2002 no Irã enquanto um menino segura as calças do pai antes dele ser enterrado.


Protegendo a cria

Uma mãe cruza o rio com os filhos durante a guerra do Vietname em 1965 fugindo da chuva de bombas americanas.


A Mãe Migrante

Esta foto foi capturada em 1936, por Dorothea Lange. Um ícone da Grande Depressão e uma das fotos mais famosas dos Estados Unidos. Florence Owens Thompson, 32 anos, desolada por não ter comida para alimentar os filhos. Jornalistas americanos passaram décadas tentando localizar a mãe e seus sete filhos. No final dos anos 1970 ela foi encontrada, não prosperara muito. Vivia em um trailer.


Triunfo dos Aliados

Esta fotografia do triunfo dos aliados na segunda guerra, onde um soldado Russo agita a bandeira soviética no alto de um prédio, demorou a ser publicada pois as autoridades Russas quiseram modificá-la.
Na A bandeira era na verdade uma toalha de mesa vermelha e o soldado aparecia com dois relógios no pulso, possivelmente produto de saque.
Sendo assim foi modificada para que não ficasse feio para os soviéticos.